Suinocultura: como essa criação está crescendo no Brasil

Qualquer pessoa que esteja um pouco por dentro de como funciona a economia brasileira sabe muito bem que alguns dos pilares mais fortes que sustentam o país são agricultura e agropecuária,  ambas representando uma grande parcela do produto interno bruto brasileiro.

Há poucos anos atrás a suinocultura não era tão forte quanto hoje em dia,  mas precisamente no período pré pandemia.  Porém esse cenário mudou e ao que tudo indica a produção de carne de porco permanecerá em alta e crescendo em ritmo acelerado.

Principalmente impulsionado por fatores econômicos e sociais que não ocorrem somente no Brasil,  hoje em dia um dos grandes compradores da carne suína que é produzida no país é o mercado asiático, ou seja, países em rápida expansão, o que não aponta de forma alguma para uma reversão do cenário.

O consumo interno também disparou durante a pandemia,  afinal de contas, por conta da alta do dólar  o preço da carne bovina cresceu consideravelmente em um curto intervalo de tempo,  fazendo assim com que a carne de porco substituísse a de boi no cardápio do brasileiro médio.

Hoje em dia como a perspectiva muito mais calma  e menos alarmantes sobre a crise que foi instaurada por causa da covid-19,  é possível vislumbrar o que ainda estamos a para passar,  mas ainda assim tudo aponta para que o crescimento em apenas dois anos de quase 50 % no consumo de carne suína permaneça por um bom tempo.

Seja por conta da inflação,  alta do dólar  ou valorização da carne bovina,  a suinocultura ganhou uma forte tendência de crescimento,  configurando assim como uma das principais formas de produção e uma ótima oportunidade de investimento, mas ainda assim, muitas pessoas não compreendem como funciona este mercado e nem a sua importância para o país.

Hoje em dia estima-se que a suinocultura é a principal fonte de renda de cerca de 2 milhões de propriedades rurais, representando assim a razão de sustento de muitas famílias brasileiras.

Porém a produção não está distribuída pelo território nacional,  somente a região sul concentra cerca de 80 % dos rebanhos suínos. O setor fatura ao todo anualmente cerca de 17 bilhões de reais anualmente, esses dados foram coletados antes da pandemia, ou seja, as estimativas são ainda mais animadoras para a pesquisa que será feita com os hábitos de consumo e padrões atuais.

Como começou a suinocultura

Formas de se consumir carne de porco são o que não faltam,  existem diversos cortes, peças e receitas que são consumidas diariamente mundo afora,  mais tradicionais e baratos como a  bisteca suína, passando pelo suan de porco e até mesmo o filé mignon do porco.

Com isso, fica claro que o consumo humano do porco está presente Há muitos séculos,  sendo um dos animais mais criados  para consumo do mundo.

A princípio o porco possui um valor mais elevado,  até mesmo se em comparação com os bovinos,  há registro do consumo e da criação dos porcos desde o Egito Antigo e até mesmo nas dinastias chinesas há mais de 3000 anos.

Ao contrário dos bovinos,  os porcos possuem mais de uma funcionalidade,  uma vez que,  eram vistos assim como alimentos,  mas também como um animal forte do poderia carregar altas cargas  e que se alimentava de quase qualquer coisa.

Sendo assim o ser humano antigo  utilizava o porco para comer seus restos de comida, realizar a limpeza das ruas e no fim das contas ainda o consumia, tamanha funcionalidade que foi um dos primeiros animais a serem trazidos para o Brasil.

A chegada dos porcos no Brasil

O começo da suinocultura brasileira foi extremamente precoce,  uma vez que havia um poucos anos da descoberta das terras tupiniquins,  e durante as primeiras expedições portuguesas os porcos foram introduzidos nas terras do Brasil, ainda no começo da década de 1530.

As primeiras a serem introduzidas no Brasil eram uma mistura do porco tradicional que conhecemos como o javali europeu, eles eram utilizados como alimento e animais de porte pelos desbravadores.

A suinocultura brasileira

Hoje em dia existem diversas formas de se criar os porcos no Brasil,  seja de forma independente  ou até mesmo com cooperativas nas quais os lucros são divididos ao abate e venda da carne.

Atualmente o Brasil é o quarto maior produtor de carne suína do mundo, com grande parcela dessa produção sendo direcionada ao consumo interno e as exportações.

Sendo assim, o Brasil  possui um papel chave dentro do comércio mundial, e ao que tudo indica a produção  interna tende a crescer, principalmente impulsionado pelo mercado consumidor externo,  somente nos últimos 20 anos o consumo mundial de carne de porco cresceu cerca de 58 %.

Se considerarmos então a situação econômica do mundo todo com uma alta da inflação e o crescimento populacional, o consumo deve crescer ainda 10 % nos próximos anos, e fechando a década de 2040 totalizando 50 % de expansão.