A mamografia deve ser realizada mesmo com pandemia

A pandemia fez com que o número de mamografias diminuísse em níveis alarmantes. Este exame é importante e não deve ficar de lado, caso contrário, poderá trazer uma série de consequências para a paciente.

Para entender melhor o assunto e qual a importância de manter o exame em dia, basta continuar com a leitura!

Queda da mamografia com a pandemia

Entre as muitas doenças cuja prevenção e tratamento sofreram impacto em decorrência da pandemia do novo coronavírus, os casos de câncer são os mais numerosos, principalmente o câncer de mama.

Um dos meios mais comuns e importantes para detectar a doença precocemente é a mamografia, que a pandemia afetou. O número de mamografias feitas em 2020 reduziu para cerca de 42%, em comparação com 2019, diminuindo de de 1.948.471 em 2019 para 1.126.688 em 2020.

Ou seja, essa diferença de 800 mil exames não feitos só em 2020 indica algo em torno de 4 mil casos de câncer que não foram diagnosticados. Isto é, levando em conta as estimativas da taxa de detecção da doença nos exames de imagem, que é de 5 casos detectados para 1000 exames feitos, em média.

Já os números de 2021 apontam que ainda estamos com 15% de redução em relação a 2019, abaixo do habitual. Esses dados apresentam uma grande sobrecarga da doença para os próximos anos.

Em janeiro, o número de mamografias feitas aqui no Brasil, começou relativamente bem. Mas, em abril começou a ter uma queda acentuada, que foi um pouco amenizada durante outubro, devido a campanha Outubro Rosa.

Porém, os números de exames feitos ainda não chegaram ao mesmo nível que era antes da pandemia. Aqui no país, a maioria dos tumores são diagnosticadas através do toque, mas as massas detectadas pelo toque possuem cerca de 4 centímetros.

O tamanho do tumor gera uma influência direta em relação às chances de cura, o nível de agressividade da cirurgia, a quantia de medicamentos e a necessidade ou não de realizar radioterapia.

Incidência do câncer de mama

Vale notar também que mais de um terço das mulheres estão com seus exames de mamografia atrasados há mais de três anos.

Com base em dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano do triênio 2020-2022, cerca de 65 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados no Brasil.

Só em 2021, teve 66.280 ocorrências, um aumento de 29,7% de mulheres acometidas pela doença, das quais 18.068 morreram vieram a óbito. A incidência do câncer de mama está em um nível alarmante aqui no país, enquanto o índice de mortalidade varia entre estável e em alta, de acordo com a região.

Durante a pandemia, houve uma súbita queda da realização desse e de outros exames preventivos. Além disso, também houve um grande aumento da prescrição de hormonioterapia neoadjuvante.

O principal objetivo deste tratamento é “controlar” a doença com remédios antes de passar por uma operação.

Com o avanço da vacinação contra o novo coronavírus no Brasil, o percentual de mulheres que voltaram a ir regularmente a um especialista também avançou. A pesquisa feita também exibiu que muitas mulheres possuem a consciência sobre a importância do diagnóstico precoce.

Mesmo com o aumento de exames de mamografia feitos durante o ano passado, as estatísticas ainda deixam os profissionais da saúde em estado de alerta. Pois, a situação é alarmante, já que para ter um controle mais eficaz do câncer, na maioria das vezes, é fundamental identificar a doença precocemente.

Quando fazer a mamografia?

Em linhas gerais, a mamografia trata-se de um exame de raio X das mamas. Esse exame é crucial para reduzir a taxa de mortalidade das mulheres por essa doença em até 30%, e atrasar o avanço do câncer também pode gerar impactos em relação ao tamanho da lesão, no tratamento e chances de cura.

Por esse motivo que as mulheres não devem deixar de fazer o exame por causa da pandemia. Os hospitais estão seguindo todos os protocolos de segurança, com higienização dos ambientes após atender cada paciente, uso de máscaras e todas as pessoas seguindo as medidas de proteção.

De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é que todas as mulheres entre 40 e 49 anos ficam a mamografia de rastreamento. Trata-se de um exame de rotina que a mulher deve fazer a cada seis anos, mesmo que não apresente os sintomas.

Mulheres com menos de 40 anos a mamografia deve ser feita quando há suspeita de síndromes hereditárias. Ou também para complementar diagnósticos, em casos de nódulos palpáveis e se o médico achar que for preciso.

A confirmação diagnóstica é feita através da biópsia. Que consiste em retirar um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia.

Ao retirar esse material, ele passará por uma análise para definir o diagnóstico. Infelizmente, a medicina não sabe de alguma maneira para evitar o surgimento do câncer de mama.

O que se sabe é que realizar a prevenção ao detectar o câncer ainda em estado inicial é a melhor forma de se curar da doença.

Conclusão

Em suma, como você pode ver neste conteúdo, a procura pelo exame de mamografia reduziu em níveis alarmantes durante esses últimos anos, por causa da pandemia. Mais uma vez vale ressaltar a importância de manter esse exame em dia, mesmo na situação que o vírus propagou. E caso tenha gostado deste conteúdo, não esqueça de compartilhar com os seus amigos e conferir outros posts em nosso blog!